Direito administrativo da alimentação e nudge: alimentação saudável e proporcionalidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21056/aec.v24i97.1937

Palavras-chave:

direito administrativo, direito da alimentação, nudge, alimentação saudável, princípio da proporcionalidade.

Resumo

O Direito Administrativo da Alimentação vem se direcionando para um quadro que promove a alimentação saudável, não apenas de governação, segurança, e rotulagem alimentar, mas também introduzindo conceitos da ciência comportamental como intervenções para encorajar melhores hábitos alimentares. Embora os nudges despertem o interesse das autoridades ante o seu carácter não coercitivo para em influenciar o comportamento do consumidor, eles trazem desafios jurídicos e administrativos. Este artigo explora a relação entre o direito administrativo da alimentação, nudges e as complexidades da sua legalidade. Ao examinar casos de nudges nos hábitos alimentares, a sua eficácia e o alinhamento com os regulamentos administrativos, o artigo procura abordar a questão de como encontrar um equilíbrio entre os potenciais benefícios dessas intervenções na promoção de dietas mais saudáveis e o princípio da proporcionalidade. Conclui-se que os nudges para alimentação saudável não devem ser puramente paternalistas para passar no teste de necessidade do princípio da proporcionalidade, mas dificilmente serão uma medida idónea (apta) do ponto de vista da eficácia.

Biografia do Autor

  • Felipe Andrade, Universidade de Lisboa

    Investigador Integrado do Lisbon Public Law Research Centre (Centro de Investigação em Direito Público) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Doutorando e Mestre em Direito e Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

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Publicado

2024-11-06

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Seção

Artigos

Como Citar

ANDRADE, Felipe. Direito administrativo da alimentação e nudge: alimentação saudável e proporcionalidade. A&C - Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, v. 24, n. 97, p. 65–93, 2024. DOI: 10.21056/aec.v24i97.1937. Disponível em: https://revistaaec.com/index.php/revistaaec/article/view/1937.. Acesso em: 6 nov. 2024.