Crise do ato administrativo e a retomada de sua centralidade
DOI:
https://doi.org/10.21056/aec.v20i75.1024Keywords:
ato administrativo, crise do ato administrativo, teoria do administrativo, existência, validade e eficácia do ato administrativo, extinção e modificação do ato administrativo.Abstract
Este estudo pretende examinar a suposta crise do ato administrativo. Para tanto, faz-se um contraponto com a crise do serviço público. Ademais, defende-se, a partir de uma percepção histórica dos estudos do Direito administrativo, a superação da crise. O estudo do ato administrativo, ainda hoje, por imposição científica, fornece a base teórica de todo Direito Administrativo. Defende-se a assunção de um conceito amplo, abrangente de todas as normas editadas no exercício da função administrativa. Fixado o conceito, apresenta-se um panorama da teoria do ato administrativo, com breve incursão sobre seus principais desdobramentos: a existência, a eficácia, a validade, a extinção, a modificação e os atributos.
References
ALEXY, Robert. La institucionalización de la justicia. Tradução de José Antonio Seoane, Eduardo Roberto Sodero e Pablo Rodríguez. Granada: Comares, 2005.
AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.
ANDRADE, José Carlos Vieira de. Algumas reflexões a propósito da sobrevivência do conceito de “acto administrativo” no nosso tempo. In: BOLETIM DA FACULDADE DE DIREITO. Stvdia Ivridica n. 61: estudos em homenagem ao Prof. Doutor Rogério Soares. Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 1189-1220.
ARAÚJO, Edmir Netto de. Convalidação do ato administrativo. São Paulo: LTR, 1999.
ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito civil – v. I. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
ATALIBA, Geraldo. Prefácio. In: AMARAL, Antonio Carlos Cintra do. Extinção do ato administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1978, p. VII-IX.
ATALIBA, Geraldo. Sistema constitucional tributário brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1968.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 33. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Ato administrativo e direito dos administrados. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1981.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Natureza e regime jurídico das autarquias. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1968.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Serviço público e concessão de serviço público. São Paulo: Malheiros, 2017.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Criação de secretarias municipais: inconstitucionalidade do art. 43 da Lei Orgânica dos Municípios do Estado de São Paulo. Revista de Direito Público, São Paulo, ano IV, v. 15, p. 284-288, jan.-mar. 1971.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Discricionariedade e controle jurisdicional. 2. ed., 2. tir. São Paulo: Malheiros, 1996.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Para uma teoria do ato administrativo unilateral. Revista Trimestral de Direito Público, São Paulo, v. 58, p. 58-63.
BANDEIRA DE MELLO, Oswaldo Aranha. Princípios gerais de direito administrativo – v. I. 1. ed., 3. ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do fato jurídico: plano da existência. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
BITENCOURT NETO, Eurico. Concertação administrativa interorgânica: direito administrativo e organização no século XXI. São Paulo: Almedina, 2017.
BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. Tradução de Fernando Pavan Baptista e Ariani Bueno Sudatti. Bauru: São Paulo, 2001.
BORDALO, Rodrigo. Os órgãos colegiados no direito administrativo brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2016.
CAETANO, Marcello. Manual de direito administrativo – tomo I. 10. ed., 7. reimpr. Coimbra: Almedina, 2001.
CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: fundamentos jurídicos da incidência. São Paulo: Saraiva, 1999.
CHALMERS, A. F. O que é Ciência afinal? Tradução Raul Fiker. São Paulo: Brasiliense, 1993.
CHEVALLIER, Jacques. O serviço público. Tradução de Augusto Neves Dal Pozzo e Ricardo Marcondes Martins. Belo Horizonte: Fórum, 2017.
CINTRA DO AMARAL, Antônio Carlos. Teoria do ato administrativo. Fórum, 2008.
CLÉRICO, Laura. El examen de proporcionalidad en el derecho constitucional. 1. ed. Buenos Aires: Eudeba, 2009.
COELHO, Fábio Ulhoa. Do desafio kelseniano à ruptura anticientificista. In: OLIVEIRA, Júlio Aguiar de; TRIVISONNO, Alexandre Travessoni Gomes (org.). Hans Kelsen: teoria jurídica e política. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 235-252.
COSTA, Adriano Soares da. Teoria da incidência da norma jurídica: crítica ao realismo linguístico de Paulo de Barros Carvalho. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
DI PIETRO, Maria Sylvia. Curso de direito administrativo. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
DUEZ, Paul. Les actes de gouvernement. Reimpr. Paris: Dalloz, 2006.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. Tradução Nelson Boeira. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. A ciência do Direito. 2. ed., 10 tir. São Paulo: Atlas, 1980.
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Teoria da norma jurídica. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão dominação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. São Paulo: Ática, 2002.
FIORIN, José Luiz. Figuras de retórica. São Paulo: Contexto, 2014.
FORSTHOFF, Ernst. Tratado de derecho administrativo. Traducción de Legaz Lacambra, Garrido Falla y Gómez de Ortega y Junge. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1958.
FORTI, Ugo. Lezioni di diritto amministrativo. Napoli: Eugenio Jovene, 1950.
GARCÍA DE ENTERRÍA, Eduardo; FERNÁNDEZ, Tomás-Ramón. Curso de direito administrativo – tomo I. Tradução de José Alberto Froes Cal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
GARCÍA DE ENTERRÍA, Eduardo; FERNÁNDEZ, Tomás-Ramón. Curso de derecho administrativo v. I. 11. ed. Madrid: Civitas, 2002.
GORDILLO, Agustín. Tratado de derecho administrativo – Tomo 1. 7. ed. Belo Horizonte: Del Rey, Fundación de Derecho Administrativo, 2003.
GORDILLO, Agustín. Tratado de derecho administrativo – tomo 2: el acto administrativo. 6. ed. Belo Horizonte: Del Rey, Fundación de Derecho Administrativo, 2003.
GUASTINI, Riccardo. Las fuentes del derecho. Traducción César E. Moreno More e Luis Cárdenas Rodríguez. Lima: Raguel, 2016.
GUERRA, Alexandre. Princípio da conservação dos negócios jurídicos. São Paulo: Almedina, 2016.
GUIMARÃES, Hélio de Seixas; LESSA, Ana Cecília. Figuras de linguagem: teoria e prática. 14. ed. São Paulo: Atual, 2003.
HUTCHINSON, Tomás. La actividad administrativa, la máquina y el derecho administrativo. Revista de Direito Público, São Paulo, ano XIV, v. 55-56, p. 37-43, jul.-dez. 1980.
JÈZE, Gaston. Les principes généraux du droit administratif – v. II: les individus au service public. 3. ed. Paris: Marcel Giard, 1930.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução João Baptista Machado. Coimbra: Arménio Amado; Coimbra Editora, 1984.
LEVINSON, Stephen C. Pragmática. Tradução de Luís Carlos Borges e Aníbal Mari. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Qual é o critério para a incidência do Direito Administrativo? Revista Colunistas de Direito do Estado, n. 257, 16.09.2016. Disponível em: <https://goo.gl/j3mP0H>. Acesso em: 20.08.18.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Teoria jurídica da liberdade. São Paulo: Contracorrente, 2015.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Regulação administrativa à luz da Constituição Federal. São Paulo: Malheiros, 2011.
MARTINS, Ricardo Marcondes; DAL POZZO, Augusto Neves. A obra “Le Service Public” à luz do Direito Brasileiro. In: CHEVALLIER, Jacques. O serviço público. Tradução de Augusto Neves Dal Pozzo e Ricardo Marcondes Martins. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p. 09-17.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Abuso de direito e constitucionalização do direito privado. São Paulo: Malheiros, 2010.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Estudos de direito administrativo neoconstitucional. São Paulo: Malheiros, 2015.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Acesso à informação e transparência nas parcerias voluntárias. In: MOTTA, Fabrício; MÂNICA, Fernando Borges; OLIVEIRA, Rafael Arruda. Parcerias voluntárias com o terceiro setor: as inovações da Lei nº 13.019/14. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018, p. 273 a 307.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Aspectos controvertidos da mobilidade urbana. Revista Brasileira de Infraestrutura (RBINF), Belo Horizonte, ano 7, n. 13, p. 11-29, jan.-jun. 2018.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Efeitos dos vícios do ato administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Ato administrativo. In: MARTINS, Ricardo Marcondes; BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Tratado de direito administrativo – v. 5: ato administrativo e procedimento administrativo. São Paulo; Revista dos Tribunais, 2014, p. 27- 358.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Princípio da liberdade das formas no Direito Administrativo. In: BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio et al. Direito administrativo e liberdade. São Paulo: Malheiros, 2014, p. 641-687.
MARTINS, Ricardo Marcondes. “Políticas públicas” e Judiciário: uma abordagem neoconstitucional. A&C Revista de direito administrativo & constitucional, Belo Horizonte, ano 18, n. 71, p. 145-165, jan.-mar. 2018.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Direito e justiça. In: MARTINS, Ricardo Marcondes; PIRES, Luis Manuel Fonseca. Um diálogo sobre a justiça: a justiça arquetípica e a justiça deôntica. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 43-91.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Justiça deôntica. In: MARTINS, Ricardo Marcondes; PIRES, Luis Manuel Fonseca. Um diálogo sobre a justiça: a justiça arquetípica e a justiça deôntica. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 149-244.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Teoria dos princípios formais. In: FERNANDES, Felipe Gonçalves (org.). Temas atuais de direito administrativo. São Paulo: Intelecto, 2016, p. 01-33.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Teoria dos princípios formais. Revista Colunistas de Direito do Estado, n. 216, 20.07.2016. Disponível em: < http://goo.gl/77xgJn>. Acesso em: 18.08.2018.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Reexame da teoria dos atributos do ato administrativo. Revista Brasileira de Infraestrutura (RBINF), Belo Horizonte, ano 6, n. 12, p. 11-43, jul.-dez. 2017.
MARTINS, Ricardo Marcondes. Proporcionalidade e boa administração. Revista Internacional de Direito Público (RIDP), Belo Horizonte, ano 2, n. 2, p. 09-33, jan.-jun. 2017.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 16. ed., 2. Tir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1991.
MONTORO, André Franco. Introdução à Ciência do Direito. 22. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994.
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Fontes do direito tributário. São Paulo: Mas Limonad, 2001.
NOVELLI, Flávio Bauer. A eficácia do ato administrativo. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 60, p. 16-26, abr.-jun. 1960.
NOVELLI, Flávio Bauer. A eficácia do ato administrativo. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 61, p. 15-41, jul.-set. 1960.
NERO, João Alberto Schützer Del. Conversão substancial do negócio jurídico. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
OLGUÍN JUÁREZ, Hugo Augusto. Extinción de los actos administrativos: revocación, invalidación y decaimiento. Santiago: Editorial Jurídica de Chile, 1961.
PEREIRA, André Gonçalves. Erro e ilegalidade no acto administrativo. Lisboa: Ática, 1962.
PONTES DE MIRANDA. Tratado de direito privado – Tom I e IV. 2. tir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
RABINOVICH-BERKMAN, Ricardo D. Derecho romano. Buenos Aires: Astrea, 2001.
REALE, Miguel. Revogação e anulamento do ato administrativo. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1968.
REY-DEBOVE, Josette; REY, Alain. Le nouveau Petit Robert. Paris: Dictionnaires Le Robert, 2002.
RIBEIRO, Leonardo Coelho. O direito administrativo como “caixa de ferramentas”. São Paulo: Malheiros, 2016.
ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. Princípios constitucionais da administração pública. Belo Horizonte: Del Rey, 1994.
SANTIAGO NINO, Carlos. Introdução à análise do direito. Tradução de Elza Maria Gasparotto. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015.
SILVA FILHO, Derly Barreto. Controle dos atos parlamentares pelo Poder Judiciário. São Paulo: Malheiros, 2003.
SILVA, Vasco Manuel Pascoal Dias Pereira da. Em busca do acto administrativo perdido. Coimbra: Almedina, 2003.
STASSINOPOULOS, Michel Traité des actes administratifs. Athènes: Sirey, 1954.
SUNDFELD, Carlos Ari. Direito administrativo para céticos. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
SUNDFELD, Carlos Ari. Ato administrativo inválido. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990.
TERÁN, Juan Manuel. Filosofía del derecho. 19. ed. México: Porrúa, 2007.
ZANCANER, Weida. Da convalidação e da invalidação dos atos administrativos. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
ZANOBINI, Guido. Curso de derecho administrativo - Tomo I. Traducción de Héctor Masnatta. Buenos Aires: Arayú, 1954.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this Journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the A&C - Administrative & Constitutional Law Review the right of first publication with the article simultaneously licensed under the Creative Commons - Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International which allows sharing the work with recognition of the authors and its initial publication in this Journal.
- Authors are able to take on additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the paper published in this Journal (eg.: publishing in institutional repository or as a book), with a recognition of its initial publication in this Journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal website) at any point before or during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of the published work (see theEffect of Open Access).