Racionalidade econômica e racionalidade jurídica na Constituição de 1988
DOI:
https://doi.org/10.21056/aec.v8i32.509Keywords:
Racionalidade econômica, Racionalidade jurídica, economia, princípios, mercadoAbstract
O tema proposto, Racionalidade econômica e racionalidade jurídica naConstituição de 1988, envolve a análise dos meios através dos quais o raciocínio econômico insere-se e colabora na análise e interpretação do direito. A discussão não é recente e ganhou contornos marcantes, em especial a partir da década de 60 do século passado, quando tomou corpo nos Estados Unidos da América o movimento denominado Law and Economics. Capitaneado pela Escola de Chicago, a Análise Econômica do Direito prega, em última instância, em sua linha normativa, a incorporação do critério racional de eficiência econômica pelo ideal de justiça. Esse entendimento foi objeto de crítica e não pode prevalecer, sobretudo, no ordenamento jurídico brasileiro. Não obstante, isso não significa que seus postulados e conceitos não sejam úteis à análise do ordenamento jurídico brasileiro. Nesse contexto, o objetivo do estudo que se apresenta é a análise dos fundamentos e conseqüências da utilidade da adoção de conceitos e modelos econômicos para a interpretação do Direito positivo pátrio.
References
ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estúdios Constitucionales, 1997.
BUCCI, Maria Paula Dallari. Direito administrativo e políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2002.
FARIA, José Eduardo. Direito e economia na democratização brasileira. São Paulo: Malheiros, 1993.
FORGIONI, Paula A. A interpretação dos negócios empresariais no novo Código Civil Brasileiro. Revista de Direito Mercantil, São Paulo, v. 130, p. 7-38, 2002.
FORGIONI, Paula. Contrato de distribuição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
GABBARDO, Emerson. Eficiência e legitimidade do Estado. Barueri: Manole, 2003.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
GRAU, Eros Roberto. Direito, conceitos e normas jurídicas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988.
JUSTEN FILHO, Marçal. Empresa, ordem econômica e Constituição. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, n. 212, abr./jun. 1998.
KELSEN, Hans. Teoria geral do direito e do Estado. 3. ed. Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 20.
LOPES, José Reinaldo de Lima. Raciocínio jurídico e economia. Revista de Direito Público da Economia, Belo Horizonte, ano 2, n. 8, p. 1-256, out./dez. 2004.
MARQUES NETO, Floriano P. de Azevedo. O conflito entre princípios constitucionais: breves apontamentos para sua solução. Revista dos Tribunais. Cadernos de Direito Constitucional
e Ciência Política, São Paulo, n. 10, p. 40-45, jan./mar. 1995.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 11. ed. São Paulo: Malheiros, 1999.
MOREIRA, Egon Bockmann. O direito administrativo da economia, a ponderação de interesses e o paradigma da intervenção sensata. In: MOREIRA, Egon Bockmann; CUÉLLAR, Leila. Estudos de direito econômico. Belo Horizonte: Fórum, 2004. p. 96.
PACHECO, Pedro Mercado. El analysis econômico del derecho: una reconstruccion teórica. Madrid: Centro de Estúdios Constitucionales, 1994. p. 40.
POSNER, Richard. Behavior Economics, and the Law. Stanford Law Review, n. 50, 1998.
POSNER, Richard. Economic Analisys of Law. 4th ed. Boston; Toronto: Little, Brown and Company, 1992.
SEN, Amartya K. Sobre ética e economia. Tradução de Laura Teixeira Motta. Revisão técnica de Ricardo Mendes. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
WEBER, Max. Economia y sociedad: esbozo de sociologia comprensiva. Trad. José Medina Echavarría, Juan Roura Parella, Eugenio Ímaz, Eduardo Garcia Maynez e José Ferrater Mora. México: Fondo de Cultura Económica, 1999.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this Journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the A&C - Administrative & Constitutional Law Review the right of first publication with the article simultaneously licensed under the Creative Commons - Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International which allows sharing the work with recognition of the authors and its initial publication in this Journal.
- Authors are able to take on additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the paper published in this Journal (eg.: publishing in institutional repository or as a book), with a recognition of its initial publication in this Journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal website) at any point before or during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of the published work (see theEffect of Open Access).