Sub-representação legal nas ações afirmativas: a Lei de Cotas nos concursos públicos
DOI:
https://doi.org/10.21056/aec.v17i70.494Keywords:
ações afirmativas, cotas raciais, concursos públicos, sub-representação, Lei nº 12.990/14.Abstract
Este artigo pretende contribuir para a discussão sobre políticas de ação afirmativa de recorte racial no Brasil, como as cotas raciais em concursos públicos. A partir da análise da composição racial das carreiras e dos cargos públicos federais, identificaram-se três aspectos em que a Lei nº 12.990, de 2014, apresentaria limites ao combate à desigualdade racial: o percentual de vagas reservadas (quanto), as carreiras em que se aplicaria (onde) e a não abrangência dos cargos em comissão (quem). Com base nos dados levantados, concluiu-se pela existência de restrições na Lei de Cotas, que pode ser sintetizada no conceito proposto de sub-representação legal, em que aspectos referentes a “quanto”, “onde” e “quem” criam limites a esta política afirmativa. Assim, a lei mantém a proporção de pessoas que podem vir a ser beneficiadas por ela inferior à proporção deste mesmo grupo na população brasileira. Por fim, embora destaque a essencialidade das cotas raciais nos concursos públicos, o artigo identifica as limitações da lei e procura agregar ao debate elementos que poderiam ser incorporados em sua modelagem.
References
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
AZEVEDO, A. Remuneração no setor público no Brasil é maior do que a norte-americana. Correio Braziliense, 30.10.2016.
AZEVEDO, D. A. Cotas raciais no serviço público: o julgamento da ADPF 186 antecipa a constitucionalidade de quaisquer outras políticas afirmativas? [s.l.:s.n.], 2014. Disponível em: <http://www.criticaconstitucional.com/cotas-raciais-no-servico-publico-o-julgamento-da-adpf-186-antecipa-a-constitucionalidade-de-quaisquer-outras-politicas-afirmativas/>. Acesso em: 31 jul. 2015.
BANCO de dados do tráfico transatlântico de escravos. 2015. Disponível em: <http://slavevoyages.org/>. Acesso em 8 dez.2015.
BANDEIRA DE MELLO, C. A. Discricionariedade e controle jurisdicional. São Paulo: Malheiros,2006. 110 p.
BECKER, H. S. Segredos e truques da pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
BERTÚLIO, D. L. de L. Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismo. Florianópolis, 1989.229. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina.
BONADIMAN, D. A inconstitucionalidade do sistema de cotas para negros. Âmbito Jurídico, 2014. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13745>. Acesso em: 19 fev. 2014.
CAMPOS, L. A. Socialismo moreno, conservadorismo pálido? Cor e recrutamento partidário em São Paulo e Rio de Janeiro nas eleições de 2012. Dados – Revista de Ciências Sociais, v. 58, n. 3, p. 689-719,2015.
CAMPOS, L. A.; MACHADO, C. A cor dos eleitos: determinantes da sub-representação dos não brancos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 16, p. 121-151, 2015.
CARVALHO NETTO, M.; SCOTTI, G. Os direitos fundamentais e a (in)certeza do direito: a produtividade das tensões principiológicas e a superação do sistema de regras. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
CASTELAR, I. et al. Uma análise dos determinantes de desempenho em concurso público. Economia Aplicada, v. 14, n. 1, p. 81-98, 2010.
CHADAREVIAN, P. C. Para medir as desigualdades raciais no mercado de trabalho. Revista de Economia Política, v. 31, n. 2 (122), p. 283-304, 2011.
COM LEI DE COTAS, 638 negros entraram no serviço público federal. Globo.com, 9 jun. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2015/06/com-lei-de-cotas-638-negros-entraram-no-servico-publico-federal.html>. Acessoem: 12 dez. 2015.
CRENSHAW, K. Critical Race Studies: the first decade: critical reflections, or “a foot in the closing door”. UCLA Law Review, v. 1343, p. 1-36, 2002.
CRENSHAW, K. Twenty years of Critical Race Theory: looking back to move forward. Connecticut Law Review, v. 43, n. 5, p. 1253-1352, 2011.
CRENSHAW, K. et al. Critical race theory: the key writings that formed the movement. New York: The New Press, 1995.
DELGADO, R.; STEFANCIC, J. Critical Race Theory: an annotated bibliography. Virginia Law Review, v. 79, n. 2, p. 461-516, 1993.
DELGADO, R.; STEFANCIC, J. Critical Race Theory: an introduction. New York: NYU Press, 2001.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE). Os negros no trabalho. São Paulo, 2013.
DUARTE, E. Criminologia & racismo: introdução à criminologia brasileira. Curitiba: Juruá, 2003.
DUARTE, E. Do medo da diferença à liberdade a partir da igualdade: identidade racial e políticas de ação afirmativa no ensino superior. 2009. 935 f. Tese (doutorado) – Universidade de Brasília.
DUARTE, E. Princípio da isonomia e critérios para a discriminação positiva nos programas de ação afirmativa para negros (afro-descendentes) no ensino superior. A&C - Revista de Direito Administrativo Constitucional, ano 7, p. 1-44, 2007.
DUARTE, E. Criminologia e racismo. Curitiba: Juruá,2002. 321 p.
DUARTE, E.; CARVALHO NETTO, M. A indeterminação dos conceitos nas políticas de acesso ao ensino superior. In: H. COSTA et al. (org.). Uma década de políticas afirmativas: panorama, argumentos e resultados. Ponta Grossa: UEPG, 2012. p. 53-84.
DUARTE, E. P.; QUEIROZ, M. V. L. A Revolução Haitiana e o Atlântico Negro: o constitucionalismo em face do lado oculto da modernidade. Revista Direito, Estado e Sociedade, v. 49, p. 10-42, 2016.
DUARTE, E. P.; SCOTTI, G. História e memória nacional no discurso jurídico: o julgamento da ADPF 186. Universitas Jus, v. 24, n. 3, p. 33-45, 2013.
DUSSEL, E. 1492 –O encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.
ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ENAP). Servidores públicos federais: raça/cor. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.youblisher.com/p/1099627-Servidores-Publicos-Federais-Raca-Cor-2014/>. Acesso em: 13 jan. 2016.
FERREIRA, G. L. Sub-representação legal nas ações afirmativas: a Lei de Cotas nos concursos públicos. Brasília, 2016. 222f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Direito, Estado e Constituição, Universidade de Brasília.
FIGUEIREDO, L. V. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2004. 687 p.
FONTAINHA, F. de C. et al. Processos seletivos para a contratação de servidores públicos: Brasil, o país dos concursos? [s.l: s.n.], 2014.
FRANKENBERG, R. A miragem de uma branquidade não-marcada. In: WRON, W. (Ed.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 307-338.
FREEMAN, A. D. Legitimizing racial discriminationthrough antidiscrimination law: a critical review of Supreme Court Doctrine. Minnesota Law Review, v. 62, p. 1049-1119, 1978.
FREY, K. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, v. 21, p. 211-259, 2000.
FURTADO, B. A.; SAKOWSKI, P. A. M.; TÓVOLLI, M. H. Modelagem de sistemas complexos para políticas públicas. Brasília: Ipea, 2015.
GOAR, C. Experiments in Black and White. In: ZUBERI, T.; BONILLA-SILVA, E. (Eds.). White logic, white methods: racism and methodology. Lanham: Rowman & Littlefield, 2008. p. 153-162.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Mensal. Rio de Janeiro, s.d. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua_mensal/>. Acesso em: 9 fev. 2017.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Duas décadas de desigualdade e pobreza no Brasil medidas pelo PNAD/IBGE. Comunicados do IPEA, n. 159, out. 2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/comunicado/131001_comunicado159.pdf>. Acesso em: 20 out.2015.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Retrato das desigualdades de gênero e raça. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/retrato/>. Acessoem: 30 mar. 2016.
HARRIS, C. I. Whiteness as property. Harvard Law Review, v. 106, n. 8, p. 1707-1791, 1993.
JAMES, A. Making sense of race and racial classification.In: ZUBERI, T.; BONILLA-SILVA, E. (Orgs.). White logic, white methods: racism and methodology. Maryland: Rowman& Littlefield, 2008. KindleEdition. p. 31-45.
LIMA, L. L.; ASCENZI, L. D. Implementação de políticas públicas: perspectivas analíticas. Revista de Sociologia e Política, v. 21, n. 48, p. 101-110, 2013.
LOPEZ, F. G. Evolução e perfil dos nomeados para cargos DAS na administração pública federal (1999-2014). Brasília: Ipea, 2015. 22 p. (Nota Técnica 16).
MILLS, C. W. The racial contract. London: Cornell University Press, 1999. v. 109.
MOREIRA, A. J. Racial politics in Brazil: exposing the unequal past, building an egalitarian future. [s.l.]: Harvard, 2013.
MOURA, C. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo: Ática, 1988a.
MOURA, C. Rebeliões na senzala. São Paulo: Lech, 1988b.
MUELLER, B. Sistemas complexos em políticas públicas no Brasil. In: FURTADO, B. A. et al. (Orgs.).Modelagem de sistemas complexos para políticas públicas. Brasília: Ipea, 2015. p. 291-308.
MULLER, P.; SUREL, Y. A análise das políticas públicas. Pelotas: Educat, 2002.
MUNANGA, K. Rediscutindoa mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Informe de la relatora especial sobre cuestiones de las minorias relativo a sumisión al Brasil. Nova York, 2016a. Disponível em: <https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G16/021/36/PDF/G1602136.pdf?OpenElement>. Acessoem: 14 mar. 2016.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Report of the special rapporteur on minority issues on her mission to Brazil: comments by the State.Nova York,2016b.Disponível em: <https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G16/040/65/PDF/G1604065.pdf?OpenElement>. Acesso em: 14 mar.2016.
OSÓRIO, R. G. Desigualdades raciais e de gênero no serviço público civil. Brasília: OIT; Secretaria Internacional do Trabalho, 2006.
OSÓRIO, R. G. Desigualdades raciais e de gênero no serviço público civil. [s.l: s.n.].
PAGE, S. E. Prefácio. In: FURTADO, B. A.et al. (Orgs.).Modelagem de sistemas complexos para políticas públicas. Brasília: Ipea, 2015. p. 11-20.
PAIXÃO, M. A lenda da modernidade encantada: por uma crítica ao pensamento social brasileiro sobre relações raciais e projeto de Estado-nação. Curitiba: CRV, 2014.
PAIXÃO, M. et al. (Orgs.).Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil; 2009-2010. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. 292 p.
PHILLIPS, A. De uma política de idéias a uma política de presença? Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 268-290, 2001.
PIRES, T. R. O. Criminalização do racismo : entre política de reconhecimento e meio de legitimação do controle social dos não reconhecidos. Rio de Janeiro, 2013. 323 f. Tese (doutorado), Pontifícia Universidade Católica.
PIZA, E.; ROSEMBERG, F. Cor nos censos brasileiros. Revista USP, n. 40, p. 122-137, 1998.
POTVIN, M. The role of statistics on ethnic origin and “race” in Canadian anti-discrimination policy. International Social Science Journal, v. 57, n. 183, p. 27-42, 2005.
RIBEIRO, M. Políticas de promoção da igualdade racial no Brasil (1986-2010). Rio de Janeiro: Garamond, 2014.
RIGOLIN, I. B. Comentários ao regime único dos servidores públicos civis. São Paulo: Saraiva, 2007. 444 p.
ROSENFELD, M. Affirmative action and justice: a philosophical and constitutional inquiry. New Haven: Yale University Press, 1991.
SEGURA, G. et al. Brief of amici curiae political scientists in support of Chase Cantrell Respondents. 2013. Disponível em: <http://www.americanbar.org/content/dam/aba/publications/supreme_court_preview/briefs-v2/12-682_resp_amcu_ps.authcheckdam.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2016.
SENHORAS, E. M.; SOUZA CRUZ, A. R. A. A lei das cotas em concursos públicos da administração pública federal. Repertório de Jurisprudência IOB, v. 1, n. 10, maio2015.
SILVA, T. D. Administração pública e relações raciais: uma análise da produção científica entre 2011 e 2016.ENCONTRO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNANÇA, VII, São Paulo, 2016a.
SILVA, T. D. Gestão pública na zona do não ser: políticas públicas de promoção da igualdade racial na Administração Pública Federal no Brasil. In: JORNADA DE ESTUDOS NEGROS NA UNB, 1. Anais...Brasília, 2016b.p. 1-8.
SILVA, C. L.; PIRES, T. R. de O. Teoria crítica da raça como referencial teórico necessário para pensar a relação entre direito e racismo no Brasil: direitos dos conhecimentos. Florianópolis: Conpedi, 2015. Disponível em: <http://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/091ud5at/g3PIfud892tIK70c.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017.
SILVA, T. D.; SILVA, J. M. da. Reserva de vagas para negros em concursos públicos: uma análise a partir do Projeto de Lei 6.738/2013. Brasília: Ipea, 2014. (Nota Técnica 17).
SOARES, S. A demografia da cor: a composição da população brasileira 1890 a 2007. In:
THEODORO, M. L. et al. (Orgs.). As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a abolição. Brasília: Ipea, 2008. p. 97-118.
SOLARZANO, D.; CEJA, M.; YOSSO, T. Critical Race Theory, racial microagressions, and campus racial climate: the experiences of African American college students. The Journal of Negro Education, v. 69, n. 1/2, p. 60-73, 2000.
SOVIK, L. Aqui ninguém é branco: hegemonia branca e media no Brasil. In: WARE, V. (Ed.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 363-386.
STEWART, Q. T. Swimming upstream: theory and methodology in race research. In: ZUBERI, T.; BONILLA-SILVA, E. (Orgs.). White logic, white methods: racism and methodology. Maryland: Rowman& Littlefield, 2008. Kindle Edition. p. 111-126.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 186, julgada em 26 de abril de 2012. Disponível em: <http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2691269>. Acesso em: 17 nov.2015.
SUNSTEIN, C. R. 2009. Preferências e política. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 1, p. 219-254.
THEODORO, M. L. et al. (Orgs. ). As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a abolição. Brasilia: Ipea, 2008b.
VALENCIANO, T. Resenha de Oliveira, Ricardo Costa de. Na teia do nepotismo – sociologia política das relações de parentesco e poder político no Paraná e no Brasil. Curitiba: Insight, 2012. 271 p. Núcleo de Estudos Paranaenses, v. 1, n. 1, p. 348-350, 2015.
VALLE SILVA, N. O preço da cor: diferenciais raciais na distribuição da renda no Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 10, n. 1, p. 21-44,1980.
VARELLA, S. F. Discriminação racial indireta e ação afirmativa no emprego sob a perspectiva dos direitos coletivos. Brasília, 2009. 319 f. Tese (doutorado) – Universidade de Brasília.
VIEIRA JR, R. J. A. Responsabilização objetiva do Estado: segregação institucional do negro e adoção de ações afirmativas como reparação aos danos causados. Curitiba: Juruá, 2006. 247 p.
WARE, V. O poder duradouro da branquidade: “um problema a solucionar”. In: ______. Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 7-40.
YOSSO, T. et al. Critical Race Theory in Chicana/O Education. National Association for Chicana and Chicano Studies Annual Conference, p. 89-104, 2001.
ZUBERI, T. Thiker than blood: how racial statistics lie. Minneapolis: [s.n.], 2001.
ZUBERI, T. Teoria crítica da raça e da sociedade nos Estados Unidos. Cadernos do CEAS, n. 238, p. 464–487, 2016.
ZUBERI, T.; BONILLA-SILVA, E. While logic, white methods: racism and methodology. New York: Rowman & Littlefield, 2008.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this Journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the A&C - Administrative & Constitutional Law Review the right of first publication with the article simultaneously licensed under the Creative Commons - Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International which allows sharing the work with recognition of the authors and its initial publication in this Journal.
- Authors are able to take on additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the paper published in this Journal (eg.: publishing in institutional repository or as a book), with a recognition of its initial publication in this Journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal website) at any point before or during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of the published work (see theEffect of Open Access).