Estado gerencial, regulação econômica e serviços públicos – O papel das agências na promoção do desenvolvimento
DOI:
https://doi.org/10.21056/aec.v14i57.90Abstract
A atuação das agências reguladoras na conformação da execução de serviços públicos prestados pela iniciativa privada, de forma resguardar as legítimas expectativas do agente econômico e a realização dos bens e interesse sociais, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social é o tema em debate a partir da perspectiva da adoção de um modelo gerencial na Administração Pública de transferência da exploração das atividades econômicas e a delegação dos serviços públicos aos particulares, a ascensão da regulação com a criação de agências dotadas de acentuado grau de autonomia capaz de conciliar as questões econômicas e sociais envolvidas e a compreensão dos serviços públicos como não apenas a adjudicação de bens e serviços de interesse coletivo, mas instrumento de garantia da dignidade da pessoa humana e de desenvolvimento.References
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Agências Reguladoras e Evolução do Direito Administrativo Econômico. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
___________________. Direito dos Serviços Públicos. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
___________________. O marco regulatório dos serviços públicos. Interesse Público. n. 27, v. 5, 2004.
AMARAL, Azevedo. O Estado Autoritário e a Realidade Nacional. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1938.
BAPTISTA, Patrícia. Transformações do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas. 7 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
___________________. Neoconstitucionalismo e a Constitucionalização do Direito. O Triunfo Tardio no Direito Constitucional no Brasil in: SARMENTO, Daniel e SOUZA NETO, Cláudio Pereira de (Orgs). A Constitucionalização do Direito: Fundamentos Teóricos e Aplicações Específicas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
BEDJAOUI, Mohammed. The right to Development in: BEDJAOUI, Mohammed (org.) Internacional Law: Achievements and Prospects.Paris: Martinus Nijhoff Publisher e UNESCO, 1991.
BINENBOJM, Gustavo. Uma Teoria do Direito Administrativo: Direitos Fundamentais, Democracia e Constitucionalização. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
BORGES, Alice Gonzalez. A Implantação da Administração na Emenda Constitucional 19/98. In: Revista Trimestral de Direito Público. n 24.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Do Estado Patrimonial ao Gerencial in: Pinheiro, Wilheim e Sachs (orgs.), Brasil: Um Século de Transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001.
CAIELLA, Pascual. Regulación de los Servicios Públicos e Concurrencia in: Revista de Direito Administrativo e Constitucional A&C. vol. 12. 2003.
CARBONELL, Miguel. Nuevos Tiempos para el Constitucionalismo in: CARBONELL, Miguel (Org). Neoconstitucionalismo(s). 1 ed. Madrid: Editorial Trotta, 2003.
CASTANHEIRA, Maurício (Org). Gestão do Conhecimento: Logística, Cadeia de Suprimentos e Arranjos Produtivos. Volume 1 e 2. Rio de Janeiro: Publit Soluções Editoriais, 2007.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Limites da Função Reguladora das Agências diante do Princípio da Realidade in: Direito Regulatório: temas polêmicos. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Belo Horizonte: Fórum, 2003.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder. 15 ed. São Paulo: Editora Globo, 2000.
FERNANDES, Eric Baracho Dore. O Papel do Poder Judiciário na Concretização de um Modelo Social de Desenvolvimento. Mimeografado. 2012.
FERRAJOLI, Luigi. Derechos e Garantias: La ley del mais débil. 1 ed. Madrid: Trotta, 1999.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e Senzala. 39 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 2003.
GROTTI, Dinorá Adelaide Musetti. Redefinição do Papel do Estado na Prestação de Serviços Públicos: Realização e Regulação diante do Princípio da Eficiência e Universalidade in: Revista Interesse Público. Ano 8. Nº 40, novembro/dezembro de 2006.
___________________. O Serviço Público e a Constituição Brasileira de 1988. São Paulo: Malheiros, 2003.
___________________.Teoria dos serviços públicos e sua Transformação In: SUNDFELD, Carlos Ari (Coord.). Direito administrativo econômico. Malheiros: São Paulo, 2000.
HESSE, Konrad. A Força Normativa da Constituição. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1991.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. prefácio de Antônio Cândido. 17. ed. Rio de Janeiro: Olympio. 1984.
JUSTEN, Mônica Spezia. A Noção de Serviço Público no Direito Europeu. São Paulo: Dialética, 2003.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
___________________. O Direito Administrativo de Espetáculo. Fórum Administrativo Direito Público. Belo Horizonte, ano 9, n 100 jun. 2009.
LIMA JUNIOR, Olavo Brasil. As reformas administrativas no Brasil: modelos, sucessos e fracassos. Revista de Serviço Público. Ano 49. N. 2. Abr-Jun 2008.
MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. A Proteção dos Usuários de Serviços Públicos. in: SUNFDELD, Carlos Ari (Coord). Direito Administrativo Econômico. 1 ed. São Paulo, Malheiros, 2002.
MAJONE, Giandomenico. Do Estado Positivo ao Estado Regulador: Causas e Consequências da mudança no Modod e Governança in: MATTOS, Paulo Todescan L. (Coord). Regulação Econômica e Democracia: o debate europeu. São Paulo: Editora Singular, 2006.
MARCELINO, Gileno Fernandes. Administração pública brasileira: evolução, situação atual e perspectivas futuras. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 117, n2, set./dez 1998.
MARQUES NETO, Floriano Azevedo. A Nova Regulação Estatal e as Agências Independentes in: SUNDFELD, Carlos Ari (Coord). Direito Administrativo Econômico. 1 ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
MEDAUAR, Odete. O Direito Administrativo em Evolução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1992.
MOREIRA, Egon Bockmann. O Direito Administrativo da Economia e a Atividade Interventiva do Estado Brasileiro in: OSÓRIO, Fábio Medina e SOUTO, Marcos Juruena Villela (Coord). Direito Administrativo: Estudos em Homenagem a Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Rio de Janeiro: Lummen Juris, 2006.
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Apontamentos Sobre a Reforma Administrativa. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Quatro Paradigmas do Direito Administrativo Pós-Moderno: Legitimidade, Finalidade, Eficiência, Resultados. Belo Horizonte: Fórum, 2008.
___________________. Globalização, Regionalização, Reforma do Estado e da Constituição in Revista de Direito Administrativo n 215. Jan/mar 1998.
___________________. Mutações do Direito Administrativo. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
___________________. Direito Regulatório. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
MORENILLA, José Maria Souvirón. La Actividad de la Adminstracíon y el Servicio Publico. Granada: Comares, 1998.
MOURA, Emerson Affonso da Costa. Agências, Expertise e Profissionalismo. O Paradigma da Técnica na Administração Pública. Revista de Direito Administrativo. n. 254. maio/agosto 2010.
NUNES, Edson. A gramática política do Brasil – clientelismo e insulamento burocrático. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
OLIVEIRA, Jose Carlos Ferreira de. O Estado regulador nas concessões de serviços públicos. Revista de Informação Legislativa. n. 129, v. 33, 1996.
RIBEIRO, Sheila Maria Reis. Reforma do aparelho de Estado no Brasil: uma comparação entre as propostas dos anos 60 e 90 in: VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública. Lisboa: 2002.
SCHIRATO, VITOR Rhein. A Regulação dos Serviços Públicos como Instrumento para o Desenvolvimento. In: Interesse público. Belo Horizonte, v. 7, n. 30, mar. 2005.
SUNDFELD, Carlos Ari. Serviços Públicos e Regulação Estatal in: Direito Administrativo econômico. SUNDFELD, Carlos Ari (coord.). São Paulo: Malheiros, 2000.
SOUTO, Marcos Juruena Villela. Direito Administrativo Regulatório. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
TÁCITO, Caio. A Reforma do Estado e a Modernidade Administrativa in Revista de Direito Administrativo. 215. Jan/mar 1999.
___________________. Direito Administrativo Participativo. Carta Mensal. CNC V. 43. Ago/1997.
___________________. Os Direitos Fundamentais na Constituição Brasileira de 1988. Revista de Direito Administrativo. n. 178. Out-dez. 1989.
TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional Econômico. São Paulo: Método, 2003. p. 68.
TORRES, Ricardo Lobo. O Direito ao Mínio Existencial. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. p 54-62. BARCELLOS, Ana Paula de. O mínimo existencial e algumas fundamentações: John Rawls, Michael Walzer e Robert Alexy in TORRES, Ricardo Lobo (Org). Legitimação dos Direitos Humanos. Rio de Janeiro, Renovar, 2002.
VALLE, Vivian Lima López. Serviço público, desenvolvimento econômico e a nova contratualização da administração pública: o desafio na satisfação dos direitos fundamentais. Fórum Administrativo. n. 132, v. 12, 2012
VASAK, Karel. For the third generation of human rights: the rights of solidarity. Inaugural Lecture, Tenth Study Session, International Institute of Human Rights, July, 1979.
WAHRLICH, Beatriz. A Reforma Administrativa da Era de Vargas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1983.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this Journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the A&C - Administrative & Constitutional Law Review the right of first publication with the article simultaneously licensed under the Creative Commons - Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International which allows sharing the work with recognition of the authors and its initial publication in this Journal.
- Authors are able to take on additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the paper published in this Journal (eg.: publishing in institutional repository or as a book), with a recognition of its initial publication in this Journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal website) at any point before or during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of the published work (see theEffect of Open Access).