Os princípios constitucionais da Administração Pública a partir da filosofia hermenêutica: condições de possibilidade para ultrapassar o pensar objetificante

Autores

  • Leonel Ohlweiler

DOI:

https://doi.org/10.21056/aec.v4i18.619

Palavras-chave:

Princípios constitucionais, direito administrativo, hermenêutica, Administração Pública, interesse público

Resumo

Introdução - 1 A construção do estatuto científico do Direito
Administrativo. A tradição exegético-racionalista como pré-compreensão
- 1.1 O modo-de-ser da modernidade como determinante dos princípios
epocais do Direito Administrativo: formalismo, hierarquização, centralização
e segurança jurídica - 1.2 A razão legal da Revolução Francesa como
fundamento metafísico das práticas administrativas - 1.3 Do caráter de
acessoriedade (hermenêutica) dos princípios (da Administração Pública) para a racionalidade metodológica - 2 O novo significado para o “compreender” dos princípios constitucionais da Administração Pública a partir da hermenêutica filosófica e da filosofia hermenêutica - 2.1 A compreensão possui um caráter histórico - 2.2 A compreensão não depende de métodos e o problema da técnica - 2.3 A importância da linguagem na compreensão - 3 A Applicatio dos Princípios Constitucionais da Administração Pública - 3.1 O caráter prático de toda interpretação dos princípios constitucionais da Administração Pública: ultrapassando a dicotomia questão de fato/questão de direito - 3.2 O caráter circular (não linear) da interrogação dos princípios constitucionais da Administração Pública - 3.3 A (necessária) compreensão ponderada do interesse público: ultrapassando as dicotomias metafísicas da modernidade - Considerações finais - Referências

Referências

ALMEIDA, Luís Silva de. Hermenêutica e Dialética: dos Estudos Platônicos ao Encontro com Hegel. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

ÁVILA, Humberto Bergmann. Repensando a Supremacia do Interesse Público sobre o Particular. In: O Direito Público em Tempos de Crise. Estudos em homenagem a Ruy Ruben

Ruschel. Porto Alegre: Liv. do Advogado, 1999, p. 99-127.

BARROSO, Luís Roberto. Fundamentos Teóricos e Filosóficos do Novo Direito Constitucional Brasileiro (Pós-Modernidade, Teoria Crítica e Pós-Positivismo). Cadernos de Soluções Constitucionais, São Paulo, n. 1, p. 150-84, 2003.

BOBBIO, Norberto. Estado, Governo e Sociedade. Para uma Teoria Geral da Política. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 1996.

BORGES, José Souto Maior. Pró-Dogmática: por uma Hierarquização dos Princípios Constitucionais. RTDP, São Paulo, n. 1, p. 143-44, 1993.

CAPELLA, Juan Ramón. Fruta Prohibida. Una Aproximación Histórico-teorética al Estudio del Derecho y del Estado. Madrid: Trotta, 1997.

CORETH, Emerich. Questões Fundamentais de Hermenêutica. São Paulo: EDUSP, 1973.

DUPUIS, George. Droit Administratif. 5. ed. Paris: Armand Colin, 1996.

DUTT, Casten. En conversación com Hans-Georg Gadamer. Hermenéutica/Estética/Filosofia Practica. Madrid: Editorial Tecnos, 1998.

ENTERRÍA, Eduardo Garcia de. Revolucion Francesa y Administración Contemporanea. Madrid: Editorial Civitas, 1998.

ESCOLA, Hector. El Interés Público como Fundamento del Derecho Administrativo. Buenos Aires: Depalma, 1989.

FERNANDEZ-LARGO, Antonio Osuna. La Hermenéutica Jurídica de Hans-Georg Gadamer. Valladolid: Secretraria de Publicaciones, Universidad, D. L., 1992.

FERREIRA PINTO DIAS GARCIA, Maria da Glória. Da Justiça Administrativa em Portugal: sua Origem e Evolução. Lisboa: Universidade Católica Editora, 1994.

FLICKINGER, Hans-Georg. Da Experiência da Arte à Hermenêutica Filosófica. In: Hermenêutica Filosófica: nas Trilhas de Hans-Georg Gadamer. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.

FREITAS, Juarez. Do Princípio da Probidade Administrativa e de sua Máxima Efetivação. RDA, Rio de Janeiro, v. 204, p. 65-84, p. 68.

FREITAS, Juarez. O Controle dos Atos Administrativos e os Principios Fundamentais. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 1999.

GADAMER, Hans-Georg. Hermenéutica y Autoridad: un Balance. In: Acotaciones Hermenéutica. Madrid: Trotta, 2002, p. 59-66.

GADAMER, Hans-Georg. Verdad y Método I. Fundamentos de una Hermenéutica Filosófica. 5. ed. Salamanca: Sigueme, 1993.

GARCÍA, Manuel Calvo. Los Fundamentos Del Método Jurídico: una Revisión Crítica. Madrid: Tecnos, 1994.

GRAU, Eros Roberto. Ensaio e Discruso sobre a Interpretação/Aplicação do Direito. São Paulo: Malheiros, 2002.

GRONDIN, Jean. Hans-Georg Gadamer. Una biografia. Barcelona: Herder, 2000.

GRONDIN, Jean. Introducción a Gadamer. Madrid: Herder, 2003.

HARGER, Marcelo. Reflexões Iniciais sobre o Princípio da Eficiência. RDA, Rio de Janeiro, n. 217, p. 151-56.

HEIDEGGER, Martin. Heráclito. A origem do pensamento ocidental. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.

HEIDEGGER, Martin. La Época de La Imagen Del Mundo. In: Caminos de Bosque. Madrid: Alianza Editorial, 1998.

HEIDEGGER, Martin. La Pergunta por la Técnica. In: Conferencias y Articulos. Barcelona: Ediciones del Serbal, 1994, p. 9-37.

HEIDEGGER, Martin. Hölderlin y la Esencia de la Poesía. Anthropos Editorial, 2000.

LAMEGO, José. Hermenêutica e Jurisprudência. Análise de uma Recepção. Lisboa: Fragmentos, 1990.

MARQUES NETO, Floriano Peixoto de Azevedo. Regulação Estatal e Interesses Públicos. São Paulo: Malheiros, 2002.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 1999.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. O Princípio do Enriquecimento sem Causa em Direito Administrativo. RDA, Rio de Janeiro, v. 210, p. 25-35, out./dez. 1997.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Poder Regulamentar ante o Princípio da Legalidade. Revista Trimestral de Direito Público, São Paulo, n. 4, p. 71-83, 1993.

MICHELAZZO, José. Do Um como Princípio ao Dois como Unidade: Heidegger e a Reconstrução Ontológica do Real. São Paulo: FAPESP, Annablume, 1996.

NOBRE JR., Edilson Pereira. Princípios Retores da Desapropriação. RDA, Rio de Janeiro, n. 209, p. 121-41, jul./set. 1997.

OHLWEILER, Leonel. A Ponderação no Regime Administrativo Brasileiro: Contributo da Fenomenologia Hermenêutica. Tese (Doutorado) - UNISINOS, São Leopoldo, 2003.

OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Reviravolta Lingüístico-Pragmática na Filosofia Contemporânea. São Paulo: Loyola, 1996.

PEIXINHO, Manoel Messias. Princípios Constitucionais da Administração Pública. In: Os Princípios da Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001, p. 447-474.

PUCEIRO, Enrique Zuleta. Paradigma Dogmático y Ciencia Del Derecho. Madrid: Editoriales de Derecho Reunidas, 1981.

ROCHA, Carmen Lúcia Antunes. Princípio Constitucionais da Administração Pública. Belo Horizonte: Del Rey, 1994.

SANCHÍS, Luis Prieto. Sobre Principios y Normas: Problemas del Razonamiento Jurídico. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1992.

STEIN, Ernildo. Aproximações Hermenêuticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.

STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 4. ed. Porto Alegre: Liv. do Advogado, 2003.

STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luiz Bolzan de. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Porto Alegre: Liv. do Advogado, 2000.

TÁCITO, Caio. O Princípio de Legalidade: Ponto e Contraponto. RDA, Rio de Janeiro, v.

Downloads

Publicado

2007-01-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

OHLWEILER, Leonel. Os princípios constitucionais da Administração Pública a partir da filosofia hermenêutica: condições de possibilidade para ultrapassar o pensar objetificante. A&C - Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, v. 4, n. 18, p. 107–145, 2007. DOI: 10.21056/aec.v4i18.619. Disponível em: https://revistaaec.com/index.php/revistaaec/article/view/619.. Acesso em: 3 jul. 2024.