Normas constitucionais não escritas

Autores/as

  • Lucas Melo Escola do Tribunal de Contas de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.21056/aec.v20i80.1263

Palabras clave:

Costumes, convenções, Constituição, normas, não escritas.

Resumen

O artigo analisa a força normativa das normas constitucionais não escritas. Ele visa verificar se o costume e as convenções, em regime de civil law, são normas jurídicas. A metodologia utilizada no presente trabalho é a qualitativa, na modalidade de estudo bibliográfico. O objetivo específico é analisar o fundamento jurídico pelo qual o ser se transforma em dever-ser. Ao final conclui-se que apenas os costumes possuem força normativa. Porém, as convenções ganham importância na sua reiteração e, se acompanhadas da convicção de sua obrigatoriedade, podem desencadear novos costumes constitucionais.

Biografía del autor/a

  • Lucas Melo, Escola do Tribunal de Contas de Minas Gerais
    Professor de Direito Tributário da Escola do Tribunal de Contas de Minas Gerais (Belo Horizonte-MG, Brasil). Doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo. Doutor em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa. Procurador da Fazenda Nacional de Categoria Especial. E-mail: lucas7melo@yahoo.com.br

Referencias

BOBBIO, Norberto. La consuetudine come fato normativo. Torino: Fiappechelli, 2000.

BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. Tradução de Fernando P. Baptista e Ariani B. Sudatti. 3. ed. rev. São Paulo: Edipro, 2005.

BURDEAU, Georges. Traité de science politique. Paris: Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence, Tome III, 1989.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. 6. ed. Coimbra: Almedina, 2003.

CARBONE, Carmelo. La consuetudine nel diritto constituzionale. Padova: Cedam, 1948.

CARRÉ DE MALBERG, Raymond et al. Teoría general del Estado. México: Fondo de Cultura Económica, 1998.

CHEVALLIER, Jacques. La coutume et le droit constitutionnel français. Paris: Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence, 1970.

DAU-LIN, Hsü. Mutación de la constitución. Traducción de Pablo Lucas Verdú y Cristian Forster. Oñati: Instituto Vasco de la Administración Pública, 1998.

DICEY, Albert Venn; WADE, Emlyn Capel Stewart. Introduction to the Study of the Law of the Constitution. London: Macmillan, 2005.

DUGUIT, León. Traité de Droit Constitutionnel. Troisième Édition. Paris: Ancienne Librairie Fontemoing & Cie. Éditeurs, 1927, Tome I.

ELSTER, Jon. Unwritten Constitutional Norms. Unpublished manuscript, 2007.

FERRRAZ, Anna Cândida da Cunha. Processos informais de mudança da Constituição: mutações constitucionais e mutações inconstitucionais. São Paulo: Max Limonad, 1986.

FRANÇA, Rubens Limongi. Manual de direito civil. Revista dos Tribunais, v. 2, 1973.

GIROLA, Carlo. Le Consuetudini costituzionali. Recueil d’etude en’ honneur de François Gény. Paris: Sirey, 1934, Tomo I.

GONZALEZ-TREVIJANO, Pedro José. La costumbre em derecho constitucional. Madrid: Publicaciones del Congreso de los Diputados, 1989.

GUASTINI, Riccardo. Estudios de teoría constitucional. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas, 2001.

HART, Herbert L. A. O conceito de direito. Tradução de Armindo Ribeiro Mendes. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001.

HAURIOU, Maurice. Précis de droit constitutionnel. Paris: Sirey, 1929.

JENNINGS, W. Ivor. The law and constitution. Third Edition. London: University of London Press, 1943.

KELSEN, Hans. General Theory of Law and State. New York: Russell & Russell, 1945/1961.

KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução de João Batista Machado. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

LEVY, Denis. Le role de la coutume et de la jurisprudence dans l’elaboration du droit constitutionnel. Mélanges offerts a Marcel Waline. Paris: LGDJ, 1974, Tome I.

LISBOA, Carolina Cardoso Guimarães. Normas constitucionais não escritas. Lisboa, Almedina, 2012.

MANNINO, Armando. Prime considerazioni in tema di convenzioni costituzionali. Rassegna Parlamentare, v. 40, n. 4, p. 849-877, 1998.

MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 20. ed. Forense: São Paulo, 2011.

MCBAIN, Howard Lee. The living constitution: a consideration of the realities and legends of our fundamental law. New York: The Macmillan Company, 1934.

MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes de. Tratado de Direito Privado. Campinas: Bookseller, , 2000, Tomo II.

MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional, 10. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2013, Tomo II.

MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. 10 ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2013, Tomo IV.

MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. 10. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2013, Tomo II.

NEVES, A. Castanheira. Lições de introdução ao estudo do direito. Coimbra: Coimbra Editora, 1968.

NINO, Carlos Santiago. Introdução à análise do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

OST, François. O tempo do direito. Tradução de Élcio Fernandes. Bauru: Edusc, 2005.

PALADIN, Livio. Diritto costituzionale. Padova: CEDAM, 1991.

PEGORARO, Lúcio. Revisões informais da Constituição. As mutações jurisprudenciais na Constituição. In: MENDES, Gilmar Ferreira; MORAIS, Carlos Blanco de (Coord.). Mutações Constitucionais. São Paulo: Saraiva, 2016.

PIERANDREI, Franco. La Corte Constituzionale e le" modificazioni tacite" della costituzione. Roma: Nicola Zanichelli Editore, 1953.

RAZ, Joseph. O conceito de sistema jurídico: uma introdução à teoria dos sistemas jurídicos. Tradução de Maria Cecília Almeida. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

RESCIGNO, Giuseppe Ugo. Corso di diritto pubblico. Bologna: Zanichelli, 2000.

RUFFIA, Paolo Biscaretti di. Introduccion al derecho constitucional comparado. Tradução de Héctor Fix-Zamudio. México, DF: Fondo de Cultura Econômica, 2006.

SEGADO, Francisco Fernández. In: MENDES, Gilmar Ferreira; MORAIS, Carlos Blanco de (Coord.). Mutações constitucionais. São Paulo: Saraiva, 2016.

SHAKESPEARE, William. The tragedy of Hamlet. Cambridge: University Press, 1904, Act 1, Scene 5.

STOLF, Nicola. Direitto Civile. Turin: UTEC, 1919, Tomo I.

SUR, Serge. La coutume internationale. Sa vie, son œuvre. Droits, n. 3, 1986.

TURPIN, Colin; TOMKINS, Adam. British Government and the Constitution. 7. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

VALLE, Jaime. As convenções constitucionais no quadro das fontes do direito constitucional. Disponível em: <http://docplayer.com.br/18794624-As-convencoes-constitucionais-no-quadro-das-fontes-do-direito-constitucional-jaime-valle.html>. Acesso em: 23 nov. 2016.

VERGOTTINI, Giuseppe de. Diritto costituzionale comparato. Padova: Cedam, 2007.

WALDRON, Jeremy. Are constitutional norms legal norms. Fordham L. Rev., v. 75, 2006.

WHEARE, Kenneth Clinton. Modern constitutions. London; New York: Oxford University Press, 2ª Edition in Oxford Paperbacks University Series, reprinted, 1967.

ZAGREBELSKY, Gustavo. Manuale di diritto costituzionale. Il Sistema delle fonti del Diritto. Turim: UTET, 1987, v. 1.

ZAGREBELSKY, Gustavo. Sulla consuetudine costituzionale nella teoria delle fonti del diritto. UTET, 1970.

Publicado

2020-09-01

Cómo citar

MELO, Lucas. Normas constitucionais não escritas. A&C - Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, v. 20, n. 80, p. 211–239, 2020. DOI: 10.21056/aec.v20i80.1263. Disponível em: https://revistaaec.com/index.php/revistaaec/article/view/1263.. Acesso em: 3 jul. 2024.