Quem tem medo da ADC? Os 20 anos da Ação Declaratória de Constitucionalidade e a judicialização da política no STF
DOI:
https://doi.org/10.21056/aec.v17i67.479Palabras clave:
Ação Declaratória de Constitucionalidade, Supremo Tribunal Federal, Judicialização da Política, Controle de Constitucionalidade, Interpretação Constitucional.Resumen
O artigo intenciona analisar o lugar da Ação Declaratória de Constitucionalidade no contexto da judicialização da política no Brasil, a partir das decisões do Supremo Tribunal Federal. O estudo apresenta dados quantitativos sobre a manipulação da ação na Corte por parte dos legitimados, bem como dados qualitativos acerca das respostas da Corte, a fim de verificar se a ADC se apresenta como um mecanismo de judicialização da política utilizada pelo Governo para constitucionalizar suas escolhas políticas. O estudo conclui que a ADC possui reduzido impacto na judicialização da política no Brasil, tendo em vista o reduzido número de ações propostas e a pequena quantidade de decisões de procedência de mérito.
Referencias
BARROSO, Luís Roberto. O Controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRAWERMAN, André. Ação declaratória de constitucionalidade: análise da jurisprudência. Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo, vol. 51, p. 199-228, 2005.
CARVALHO NETO, Inacio de. Ação Declaratória de Constitucionalidade. 4ª. ed. Curitiba: Juruá, 2009.
CASTELLO BRANCO, Eduardo Lago. Controle concentrado de constitucionalidade e democracia: ação declaratória de constitucionalidade e construção jurisprudencial. Fortaleza, 2006. Dissertação de Mestrado em Direito Constitucional – UNIFOR. “Orientação: Prof. Dr. Martônio Mont'Alverne Barreto Lima.” 194 p.
CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata de constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.
DWORKIN, Ronald. Uma Questão de Princípio. Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John. O federalista. Brasília: Universidade de Brasília, 1984.
KELSEN, Hans. Jurisdição constitucional. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
KETCHAM, Ralph (ed.) The Anti-Federalist Papers and the Constitutional Convention Debates. New York: Penguin, 1986.
LIMONGI, Fernando. O Poder Executivo na Constituição de 1988. In: OLIVEN, Ruben George et. alli. (Org.). A Constituição de 1988 na vida brasileira. São Paulo: Editora Hucitec, 2008, p. 23-56.
MAGALHÃES, Breno Baía. Em defesa da convergência dos sistemas de controle de constitucionalidade: aspectos materiais. Revista de Direito Constitucional e Internacional, v. 79, p. 213-231, 2012.
_____________; SILVA, Sandoval Alves. O grau de vinculação dos precedentes à luz do STF: o efeito vinculante é absoluto? Revista de Informação Legislativa, v. 195, p. 77-95, 2012.
MARANHÃO, Tatiana de Pino Albuquerque. Quando o Supremo Tribunal Federal discorda do presidente da República. Dissertação de mestrado, Brasília, 2003. UnB.
MAUÉS. Antonio G. Moreira. O controle de constitucionalidade das leis no Brasil como um sistema plural. Pensar, Fortaleza, v. 15, n. 2, jul./dez., p. 356-384, 2010.
MAUÉS. Antonio G. Moreira; SCAFF, Fernando. Justiça constitucional e tributação. São Paulo: Dialética, 2005, p. 38-39
MENDES, Gilmar Ferreira; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Controle concentrado de constitucionalidade. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
______. Jurisdição constitucional. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
MOREIRA, José Carlos Barbosa. O novo Processo Civil Brasileiro. 28. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
LEITE, Fábio Carvalho. Ação Declaratória de Constitucionalidade: expectativa, realidade e algumas propostas. Sequência (UFSC), v. 35, p. 109-132, 2014.
OLIVEIRA, Fabiana Luci de. Supremo relator: processo decisório e mudanças na composição do STF nos governos FHC e Lula. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2012, vol.27, n.8, 89-115.
SCHMITT, Carl. O guardião da constituição. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
SILVA, Ovídio Baptista da. Curso de processo civil: processo de conhecimento. v. 1. 5. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
SLAIBI FILHO, Nagib. Ação declaratória de constitucionalidade. 2. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1997.
VELOSO, Zeno. Controle jurisdicional de constitucionalidade. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
VIEIRA, Oscar Vilhena. Relinhamento Constitucional. VIEIRA, Oscar Vilhena; SUNDFELD, Carlos Ari (Org.). Direito Global. São Paulo: Max Limonad, 1999, p. 15-49.
VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremo Tribunal Federal: jurisprudência política. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994.
WALDRON, Jeremy. A Right-based Critique of Constitutional Rights". Oxford Journal of Legal Studies, v. 13, p. 32, 1993.
.
WERNECK VIANNA, L., BURGOS, M; SALLES, Paula. Dezessete anos de judicialização da política, Tempo Social, São Paulo, v. 19, n. 2, pp. 39-85.
_____. A judicialização da política e das relações sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1999.
WERNECK VIANNA, Luiz., CARVALHO, Maria Alice Rezende de, PALÁCIOS, Manuel; BURGOS, Marcelo. Corpo e alma da magistratura brasileira. Rio de Janeiro: Revan, 1997.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Creative Commons - Atribución-NoComercial-SinDerivar 4.0 Internacional que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen permiso y son estimulados a publicar y difundir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).